tag:blogger.com,1999:blog-37839281183229290022024-03-05T02:50:14.855-08:00À minha almaMarco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-53249986931600821792023-08-20T09:20:00.001-07:002023-08-20T09:22:51.657-07:00O incorruptível<p>Ele corrompeu seu próprio cargo</p><p>Corrompeu as forças armadas</p><p>Corrompeu as Forças de Segurança</p><p>Corrompeu as relações familiares</p><p>Corrompeu as relações fraternais</p><p>Corrompeu as instituições</p><p>Corrompeu as relações políticas</p><p>Corrompeu as relações eclesiásticas</p><p>Corrompeu a religião</p><p>Corrompeu a mesnagem do Evangelho</p><p>Apesar de tudo isso, muitos o apoiaram, a maioria, e o proclamaram... Messias</p><p><br /></p>Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-51585673437348315802020-06-29T13:59:00.002-07:002020-06-29T13:59:49.557-07:00Efeitos da quarentena: "descobri que a igreja não faz falta"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Ouvi esta frase com espanto há alguns dias, pois era exatamente o que comentava com minha esposa, no início desta pandemia, que iria acontecer a muita gente de igreja, descobrir que a frequência aos seus cultos não lhes fariam falta.</div>
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A esta conclusão não cheguei com dificuldades, já que percebo desde há muito que as igrejas, de modo geral, perderam a relevância para a vida das pessoas. Há décadas, na verdade, pessoas frequentam igrejas por uma tradição familiar, porque cresceram no ambiente religioso, porque se associaram a um "club" onde, nos finais de semana, encontram as pessoas de seus convívios, além de parentes, para um encontro social onde cantam, dançam, fazem catarse coletiva e se confraternizam. Entretanto, motivação que venha como produto de uma compreensão do Evangelho de Cristo, como o vemos na Bíblia e seu chamado ao discipulado, já é coisa do passado ou mesmo de muito poucos.</div>
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Desde o final da década de 80 do século passado (Século XX), especialmente com o surgimento do movimento neo-pentecostal, as igrejas se modernizaram no discurso e na forma, assumindo valores do neoliberalismo econômico e priorizaram o crescimento acima de tudo e, por esta e outras razões, comprometeram a mensagem do Evangelho instrumentalizando a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, para a consecução de seus fins, misturando narrativas bíblicas com discursos motivacionais de autoajuda, prosperidade, pensamento positivo e elaborando uma liturgia que primava pelo entretenimento e emocionalismo.</div>
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<br /></div>
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Como resultado de tudo isso e, de fato, do enorme crescimento que os evangélicos experimentaram nas últimas três décadas, e por seu engajamento político, apaixonado, acabaram por eleger, nas eleições de 2018 para para presidente da república brasileira, o mais anticristão de todos os candidatos de então, quer na prática ou no discurso.</div>
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Diante deste quadro e da pandemia que agravou ainda mais a imagem da igreja pelo apoio a um governo absolutamente indiferente às (neste momento) em torno de 60 mil mortes no Brasil, muitos já expressam seu descontentamento com suas comunidades e já não pensam mais na possibilidade de um retorno, pois descobriram que não lhes fazem falta o culto vazio, acompanhado de um sermão sem conteúdo.</div>
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Temendo os efeitos que tal debandada pode causar, os pastores já começam a se manifestar...</div>
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<a href="https://www.facebook.com/watch/?v=754633038613135" target="_blank">https://www.facebook.com/watch/?v=754633038613135</a></div>
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Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-4518141374926184322020-06-05T17:41:00.002-07:002020-06-05T17:41:41.356-07:00O que tem Brumadinho com Mineapolis<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Todos nos lembramos, ainda, do terrível desastre em Brumadinho em Janeiro do ano passado (2019), onde 259 pessoas morreram em razão do rompimento da barragem, além de muitos animais e da contaminação do ecossistema já que se tratava de um empreendimento tóxico, rejeito da mina de ferro da Vale do Rio Doce naquela cidade mineira.</div>
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Apesar de outros acidentes semelhantes em anos anteriores - Itabirito 2014 e Mariana em 2015 - estes não se constituíram em razão suficiente para que todos os cuidados fossem tomados a fim de evitar novas catástrofes. Por falta de vistorias técnicas e manutenção, a barragem se rompeu, constituindo -se no mais grave acidente de trabalho da história do Brasil.</div>
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O rompimento da barragem e o consequente desastre não era algo imprevisível, já que a ação do tempo, associado a grande pressão interna, causando deformações em sua estrutura, e mais as fortes chuvas que costumam cair na região, provocariam fissuras e erosões que, se não reparadas, levariam ao acidente.</div>
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Neste sentido, a barragem de Brumadinho e o consequente e terrível tragédia que ali se deu, torna-se uma metáfora daquilo que aconteceu em Mineapolis, no Estado de Minessota, nos EUa, no dia 25 de Maio do corrente (2020), com a morte de George Floyd, e a posterior onda de violentos protestos que se seguiram a partir dali e que rapidamente se espalharam por outras capitais e cidades americanas, bem como por outros países.</div>
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Tal como em Brumadinho a pressão, de outra natureza, mas pressão dos problemas sociais que vai se intensificando ao longo dos anos, ignorada pelas elites e governos locais, contidas muitas vezes por programas que apenas maquiam estes problemas que se arrastam há décadas, poderá causar convulsões sociais em várias partes do mundo. O caso de Floyd é apenas um exemplo disso, uma "fissura" nesta grande barragem social em que pobres, negros, povos e etnias estão confinados em vários países.</div>
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Hoje, a concentração de riqueza no mundo é tal que apenas 26 pessoas possuem o equivalente ao patrimônio de 3 bilhões e 800 milhões de habitantes, ou seja, 26 pessoas possuem a mesma riqueza de metade da população mundial. No Brasil, apenas 6 pessoas detém a riqueza equivalente da metade da população do país.</div>
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Pelas ruas de nossas cidades a população de rua cresce, assustadoramente. As favelas nos grandes centros urbanos aumentaram significativamente, tanto em número quanto em população. Os empregos estão ficando escassos e os que existem, em boa medida, estão sofrendo um processo de uberização, com as retiradas dos direitos trabalhistas e as próprias condições de trabalho. O desemprego está aumentando e se não bastasse isso, estamos enfrentando uma pandemia mundial que trará consequências ainda mais graves à economia e, portanto, às vidas humanas.</div>
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No Brasil, 80% das mortes pelas polícias locais é entre a população negra. Em Hong Kong os conflitos e tensões pela independência em relação à China provocam constantes e violentas manifestações. Em Israel, dentro dos territórios palestinos, estamos à beira de uma outra intifada em razão da ocupação por parte de Israel de terras palestinas para a construção de colônias judaicas e, consequentemente, o estrangulamento do pretendido Estado Palestino.</div>
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Portanto, em razão de todas estas tensões pelo mundo, uma "fissura" como esta em Mineapolis pode gerar um fator desencadeador capaz de se espalhar facilmente por outros países. A curto ou médio prazos, caso não haja uma mudança significativa de prioridades onde se construa uma economia solidária que passe pela diminuição radical da distância entre ricos e pobres e uma perseguição incansável à um modelo que priorize a Justiça Social, ampla, não haverá outro caminho senão o caos.</div>
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7mWfp4w_0e4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/7mWfp4w_0e4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-55271833489131775682020-06-04T10:24:00.000-07:002020-06-04T10:27:14.892-07:00LOUVOR AO MITO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
Compus este hino, no dia 30 de Abril de 2020 para que meus amigos Bolsonólatras o entoe em seus cultos</div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<b>LOUVOR AO MITO</b></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: left;">
Salve Bolsonaro, mito, messias e profeta*<br />
Bendito fruto entre os homens<br />
Vieste para nos redimir.<br />
<span style="font-family: inherit;">Venceste a morte</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">Teu reino será mantido através das gerações</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: transparent; display: inline; font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Primeiro por ti, mesmo, depois pelo 01,02,03,04 e até pela 05, ainda que tenha sido, esta, uma </span></span><span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">fraquejada.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Tu és a coroa da criação</span><br />
<span style="font-family: inherit;">O Adão redivivo, criado à imagem e semelhança de deus</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Tu nos levarás à verdade, mesmo com tantas fake news</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Tu és cheio de graça e da tua boca destilas palavras de sabedoria, paz e justiça.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Tu és incomparável.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Bendito sejas tu, que nos livrarás desta gripizinha insistente e de todos os nossos inimigos </span><span style="font-family: inherit;">esquerdopatas, esmagando-os sob teus formosos pés.</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">Nós te amamos e adoramos, pois tu és o almejado dos povos.</span></div>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">Amém!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: system-ui, -apple-system, system-ui, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">* O atual Ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, pastor presbiteriano, ao ser empossado no dia 29.04.2020, chamou Bolsonaro de "profeta do combate à criminalidade".</span></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-13599000388483226652020-04-19T07:07:00.002-07:002020-06-04T10:30:01.726-07:00A música gospel e o crescimento dos evangélicos no Brasil<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Quem não lembra deste refrão:<br />
<br />
"Entra na minha casa<br />
Entra na minha vida"?<br />
<br />
Pois é, há alguns anos, esta música do cantor gospel Regis Danese foi ouvida nos cultos, nas ruas, festas, carnavais, marchas gays, etc., por todo o Brasil e expôs a influência do movimento evangélico. Este movimento, presente no Brasil desde o final do Século XIX, representado pelas chamadas Igrejas Históricas (Igreja Congregacional, Batista, Presbiteriana e algumas outras) cresceu, gradativamente, nas primeiras sete décadas do Século XX e experimentou uma explosiva expansão a partir da década de 80 com o surgimento do movimento neo-pentecostal, ameaçando, assim, a liderança da Igreja Católica Romana como maior força cristã do país.<br />
<br />
Certamente, um dos fatores responsáveis por tão surpreendente crescimento foi o fenômeno da chamada música gospel, que levou a mensagem evangélica para fora dos restrito espaço de culto, os templos, e assim deu visibilidade a este grupo que, em tempos passados, sofreu muito preconceito por parte de uma sociedade, predominantemente católica.<br />
<br />
Para falar sobre este tema, fiz uma entrevista com um dos mais populares cantores desta vertente, Sérgio Lopes.<br />
<br />
Assista a esta entrevista aqui: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=kVBCdBrAIKo&t=374s">https://www.youtube.com/watch?v=kVBCdBrAIKo&t=374s</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-61264758185132081172020-03-27T07:07:00.001-07:002020-03-27T07:07:15.188-07:00Entrevista com o Pastor e Teólogo Gildásio Sousa<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/4pF58qrB7lY" width="480"></iframe>Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-52230211862067833112013-06-01T02:18:00.004-07:002013-06-01T02:18:43.574-07:00O Irã já não é mais o mesmo...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw0hY6LU7wRO0gTQr6q62jU-Co7P8M3UDUWAZYH6ekIaj6PHFvnFpFfYdyrMpEPqr1DivkbF5VExmIaDziK1IoYCETOSWKCU1sy_2GAFzCQp69XkMzeSCxD0F81p9ky4PUziOWZEMtQAU/s1600/iranstudents.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw0hY6LU7wRO0gTQr6q62jU-Co7P8M3UDUWAZYH6ekIaj6PHFvnFpFfYdyrMpEPqr1DivkbF5VExmIaDziK1IoYCETOSWKCU1sy_2GAFzCQp69XkMzeSCxD0F81p9ky4PUziOWZEMtQAU/s320/iranstudents.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: ForeingPolicy</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quando você pensa em "Irã" que imagens lhe vem à mente: aiatolás, fanatismo religioso, mulheres com véus? O que dizer acerca do comportamento sexual dos iranianos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Ao longo dos últimos 30 anos, apesar de grande parte da imprensa mundial se ocupar apenas de notícias relacionadas à política radical daquela República Islâmica, o país tem passado por uma transformação social e cultural profundas.</div>
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<br /></div>
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Sem fazer juízo de valor a atual revolução sexual do Irã é, certamente, algo sem precedentes na história do nação. Atitudes sociais mudaram tanto nas últimas décadas que muitos membros da diáspora iraniana ficam chocados quando visitam o país: "Hoje em dia Teerã faz Londres parecer uma cidade conservadora", disse-me um britânico-iraniano, recentemente, ao retornar de uma viagem à Teerã. Quando se trata de costumes sexuais o Irã está de fato se movendo em direção à Grã-Bretanha e Estados Unidos... e aceleradamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Apesar da falta de dados é possível ter uma ideia da dimensão da questão a partir das estatísticas oficiais compilados pela República Islâmica. A diminuição da natalidade, por exemplo, sinaliza uma maior aceitação de métodos contraceptivos e outras formas de planejamento familiar, bem como uma deterioração do papel tradicional da família. Ao longo das duas últimas décadas o país experimentou a queda de fertilidade mais rápida já registrada na história da humanidade. A taxa de crescimento anual da população do Irã caiu para 1,2 por cento em 2012 quando em 1986 era de 3,9 por cento, isto apesar do fato de que mais da metade dos iranianos têm menos de 35 anos de idade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Ao mesmo tempo a idade média de casamento para os homens subiu de 20 para 28 anos nas últimas três décadas e as mulheres iranianas estão se casando entre 24 a 30 anos - isso somente cinco anos após a última década. Cerca de 40 por cento dos adultos em idade para se casar estão solteiros, de acordo com estatísticas oficiais. A taxa de divórcio, por sua vez, também disparou, triplicando, a partir de 50 mil divórcios registrados em 2000 para 150 mil em 2010. Atualmente, há um divórcio para cada sete casamentos em todo o país, mas nas grandes cidades a taxa fica significativamente maior. Em Teerã, por exemplo, a proporção é de um divórcio para cada 3,76 casamentos - quase comparável à Grã-Bretanha, onde 42 por cento dos casamentos terminam em divórcio. E não há nenhuma indicação de que a tendência seja de queda. Nos últimos seis meses a taxa de divórcios aumentou enquanto a taxa de casamento caiu, significativamente.</div>
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<br /></div>
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Mudança de atitudes em relação ao casamento e ao divórcio coincidiu com uma mudança dramática na forma como os iranianos se relacionam e encaram a questão sexual. De acordo com um estudo citado por um funcionário do Ministério da Juventude, em dezembro de 2008, a maioria dos homens entrevistados admitiu ter tido pelo menos uma relação com alguém do sexo oposto antes do casamento. Cerca de 13 por cento dessas relações "ilícitas", além disso, resultou em gravidez indesejada e aborto - números que, embora modesto, teria sido impensável há uma geração atrás. Não é de admirar, então, que o centro de pesquisas do Ministério da Juventude tenha alertado que "relacionamentos não saudáveis e a degeneração moral são as principais causas de divórcios entre os casais jovens iranianos."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Enquanto isso a indústria do sexo clandestino decolou nas últimas duas décadas. No início de 1990, a prostituição existia na maioria das cidades - especialmente em Teerã - mas os profissionais do sexo eram praticamente invisíveis, forçados à clandestinidade. Agora, a prostituição é uma realidade em muitas cidades do país. É possível encontrar profissionais do sexo pelas ruas à espera de clientes aleatórios. Dez anos atrás, o Jornal Entekhab afirmou que havia cerca de 85 mil profissionais do sexo apenas em Teerã.</div>
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<br /></div>
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Novamente, não há bons estática em todo o país sobre o número de prostitutas. Falando recentemente à BBC, o chefe da estatal Organização para o Bem-Estar Social do Irã disse: "Certas estatísticas não têm nenhuma função positiva na sociedade, em vez disso, elas causam um impacto psicológico negativo e, portanto, é melhor não falar sobre elas ". Porém, os dados disponíveis sugerem que 10 a 12 por cento das prostitutas iranianas são casadas. Isso é especialmente surpreendente dadas as punições islâmicas graves infligidas por sexo fora do casamento, principalmente para as mulheres. Mais surpreendentemente ainda é que nem todos os profissionais do sexo no Irã são mulheres. Um novo relatório confirma que as mulheres ricas de meia-idade, bem como mulheres jovens e educadas, estão em busca de relacionamentos sexuais de curto prazo e, para tanto, procurando os serviços de profissionais do sexo, masculinos.</div>
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<br /></div>
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<b>Texto: </b>Afshin Shah</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Fonte: </b>www.foreignpolicy.com</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Original: </b><a href="http://www.foreignpolicy.com/articles/2013/05/29/erotic_republic_Iran_sexual_revolution%20" style="text-align: left;">http://www.foreignpolicy.com/articles/2013/05/29/erotic_republic_Iran_sexual_revolution%20</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tradução: </b>Marco Wanderley</div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-41330338567592982662013-05-31T13:43:00.000-07:002013-05-31T13:46:25.558-07:00Voltando ao Oriente Médio<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivvOUVWcSSw0WTip9wfGfFbVqOAdhOlovLC4OJj2Cw7rqs6PbW_t5hEWCiWaEWhrKXiDrOs3OHsZz954oB0YjFsPLoJwV64u26k0MXlvFc1MPupt7Uoz3Hp4IYqf80LeB_GFS1AzpLeoQ/s1600/100_1623.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivvOUVWcSSw0WTip9wfGfFbVqOAdhOlovLC4OJj2Cw7rqs6PbW_t5hEWCiWaEWhrKXiDrOs3OHsZz954oB0YjFsPLoJwV64u26k0MXlvFc1MPupt7Uoz3Hp4IYqf80LeB_GFS1AzpLeoQ/s320/100_1623.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Monte Nebo - Jordânia</b><br />
Foto: Marco Wanderley</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Depois de uma experiência que se tornou insustentável para mim no sentido de manter o blog e um site, ao mesmo tempo, resolvi retomar o blog dentro da ideia original e voltar a trabalhar com as questões do Oriente Médio, somente. A partir de hoje, então, estou retomando esta atividade a foto de um dos lugares de que gostei de visitar em minhas viagens pela região e que me causou profundo impacto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trata-se do Monte Nebo, Jordânia, onde , segundo a Bíblia, Deus teria enviado serpentes para castigar o povo em sua peregrinação à Terra Prometida e de onde Moisés a teria contemplado antes de morrer. De fato, se o dia estiver com boa visibilidade, deste ponto, temos uma vista privilegiada do Mar Morto e parte da região do Rio Jordão, fronteiras entre Israel e Jordânia.</div>
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<br /></div>
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No final do Evangelho de João (3.14), Jesus retoma a narrativa da serpente para dizer que "E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado" (João Ferreira de Almeida, R. A.). Quem chega ao Monte Nebo, portanto, se depara com a imagem da foto acima que aponta para estas palavras de Jesus. Trata-se de uma cobra que se enrola em torno de uma armação de ferro e que configura uma silhueta humana. É um belo e significativo monumento.</div>
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<br /></div>
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Quem vai ao Monte Nebo, porém, não pode deixar de visitar a Madaba, uma pequena cidade na região, e que é site de ruínas de igrejas do início da história do Cristianismo. Também vale à pena visitar Amã, Jerash, Petra e todas as atrações que a Jordânia, aliás um país muito agradável, oferece aos visitantes.</div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4uyGcs_lKyzZFXxzkLllWqpypLc60Eutf5ehHbyYRj6tzvB3TGo9wt345syorzg01s6ILAPoscZBfWJ3VQOgdAkZcuyfnT_bFB3Khyphenhyphend8brbdc7NS1Jf4AncWL_CqedVzeQF-r745E4BY/s1600/100_1594.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4uyGcs_lKyzZFXxzkLllWqpypLc60Eutf5ehHbyYRj6tzvB3TGo9wt345syorzg01s6ILAPoscZBfWJ3VQOgdAkZcuyfnT_bFB3Khyphenhyphend8brbdc7NS1Jf4AncWL_CqedVzeQF-r745E4BY/s320/100_1594.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Marco Wanderley</td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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Acompanhem e compartilhem as publicações deste blog entre seus contatos, pois darei continuidade ao trabalho que comecei há dois anos e publicarei textos e entrevistas sobre diversos aspectos da vida no Oriente Médio, especialmente em Israel onde vivo atualmente, procurando informar os que possuem interesse por esta região tão rica de história e tradição, mas também tão conturbada e em perspectivas de significativas mudanças nestes próximos anos.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-66474429860083331342013-04-12T08:45:00.001-07:002013-04-13T06:19:39.940-07:00Estupro ou "ato profético"?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBBHW9aKbNf2uq1rFOcgOJ476eW-KaX1dHTItc2VMTp9j2I9OemLsrGS60Hzv656xUlu3pdWNqosFzMsalzGdNba7vgC0u2VN_FTG26XISEs7ZszebxMD0s-wENufpY3PQ27CwDtQgcHU/s1600/561330_568103833221196_47913151_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBBHW9aKbNf2uq1rFOcgOJ476eW-KaX1dHTItc2VMTp9j2I9OemLsrGS60Hzv656xUlu3pdWNqosFzMsalzGdNba7vgC0u2VN_FTG26XISEs7ZszebxMD0s-wENufpY3PQ27CwDtQgcHU/s320/561330_568103833221196_47913151_n.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde ontem tenho acompanhado aqui de Jerusalém a suposta "agressão" de Gerald Thomas à uma das panicats - "repórteres" de um dos mais horrorosos programas já concebidos e veiculados na televisão brasileira, o "Pânico na TV". Diante da força da imagem fiquei chocado com a ação deste artista e imediatamente manifestei meu protesto através do compartilhamento de um texto escrito por Nádia Lapa, cujo título é "A cultura do estupro", amplamente divulgado nas redes sociais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, advertido e informado por um amigo das boas artes no Rio de Janeiro, um maestro, resolvi me retratar da crítica ao Thomas e mesmo dizer que talvez seu gesto está mais para profético do que para estrupo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para quem conhece os profetas bíblicos sabe que frequentemente eles faziam algum gesto "tresloucado" para chamar a atenção dos ouvintes ou do público à mensagem que queriam anunciar.</div>
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<br /></div>
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Gerald Thomas foi grosseiro, não há dúvidas, mas o sentimento que ele causou no público de modo geral é exatamente o mesmo que sinto - compartilhado por muitos e creio que foi exatamente isso que ele quis expressar - quando ligo a televisão e me deparo com alguns dos programas de humor, ou melhor, de mau-humor, veiculados na televisão brasileira, dentre eles o programa supracitado.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estarrece-me a ousadia mal educada de seus apresentadores e repórteres. Choca-me a exposição barata e inescrupulosa de corpos femininos (aliás bastante masculinizados) e a exploração de um erotismo grosseiro, tudo em nome da conquista e manutenção da audiência (e quem me conhece sabe que não sou moralista, portanto não faça esse juízo a meu respeito).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Talvez alguém me aconselhe a mudar de canal, mas o problema é mudar de canal e cair em "A Fazenda" ou no "BBB-...", trocando "6" por meia dúzia. Diante disso, resolvi, na verdade, desligar a televisão e só tomo conhecimento do que nesta ocorre pelas redes sociais ou, infelizmente, por alguns canais de informação (predominantemente jornais eletrônicos) que se rendem ao culto do grotesco que se instalou em nossa sociedade - inclusive o religioso - e estampam em suas capas notícias de tais programas, se ocupando de nos "atualizar" das novidades.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante disso e muito mais, porém não desejo cansar o leitor, repensando a ação de Gerald Thomas, retrato-me da crítica inicial e a saúdo seu gesto como um "ato profético" de grande coragem e ousadia, na expectativa que tal evento possa representar o início de uma mudança na qualidade de nossas programações.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que o escândalo que ele causou traga reflexão aos que promovem este tipo de programação e que nos afrontam, diariamente, com a exposição do ridículo. Ao mesmo tempo, desejo que a própria sociedade, inclusive os que se sentiram ofendidos, levante-se para cobrar mudanças significativas para que informem e não deformem, para que entretenham sem serem vazios e grosseiros.</div>
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<br /></div>
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Concluindo, sugiro:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Desligue sua televisão e leia bons livros!</b></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-18329003542234710232013-03-16T14:01:00.000-07:002013-03-16T14:57:02.442-07:00Lutas inglórias...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTWQeSpspR-il-8m2OWNHmSy_Hn25MmNWwE9zIeeYxFcjwxE2N70RVTQ-iA6NRzcE-URV1vouQa0bOCkeOfqhlTzKweYeeH79mrHhwNSsRkLfZ7D558oYmoJLHLnFEGXqej2aHpTmyYk/s1600/71614,21693.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTWQeSpspR-il-8m2OWNHmSy_Hn25MmNWwE9zIeeYxFcjwxE2N70RVTQ-iA6NRzcE-URV1vouQa0bOCkeOfqhlTzKweYeeH79mrHhwNSsRkLfZ7D558oYmoJLHLnFEGXqej2aHpTmyYk/s320/71614,21693.jpg" width="238" /></a></div>
Por questões pessoais tenho estado um tanto quanto "fora do ar" e tenho evitado manifestar-me acerca de nosso meio religioso evangélico. Entretanto, diante de tanta coisa que tenho visto nestes últimos meses, melhor dizendo, que tenho ouvido, pois tais temas já não mais me interessam, quero manifestar minha preocupação com os caminhos que a Igreja Evangélica Brasileira está tomando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lamentavelmente, depois de um período de disputas e discussões públicas que chegaram às raias da baixaria e bizarrice, havendo quem tenha, inclusive, entrevistado o "diabo" no afã de derrubar o concorrente, estamos vivendo um outro conflito: uma cruzada contra os homossexuais, encarnada, principalmente, pelos polêmicos pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Preocupa-me ver a proporção que tal debate tem tomado e suas possíveis consequências. Temo que discussão saia das redes sociais para as ruas e que a dureza das palavras e atitudes que tenho percebido (pouco evangélicas, aliás) se concretizem em atos de violência física, especialmente contra os gays que lutam pelo seus direitos, inclusive o de serem respeitados como seres humanos que são.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, causa-me perplexidade de ver tamanha energia e tempo, gastos por boa parte da igreja, para discutir um tema que, nem de longe, é um dos principais do texto bíblico, considerando os dois Testamentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás, é impossível imaginar os profetas, apóstolos e, especialmente Jesus, levantando uma bandeira contra gays, especialmente usando palavras de baixo calão para se referir a este grupo e àqueles que se omitem em relação à discussão, como as que tenho ouvido de nossas lideranças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até onde posso recordar em quase 40 anos de uma vida engajada dentro da igreja evangélica no Brasil nunca vi um discurso tão contundente contra nenhuma forma de pecado ou injustiça em nossa sociedade. Aliás, embora tenha nascido no ano do golpe militar de 1964 e tenha passado minha infância, adolescência e juventude sob este regime, jamais vi ou ouvi qualquer discurso contundente por parte de líderes evangélicos contra os pecados, enormes, que os militares cometeram contra o povo brasileiro. Conheço, inclusive, pastores que, por ocasião do aniversário do golpe, postam textos nas redes sociais saudando, retroativamente, a "Redentora", erroneamente chamada de "Revolução".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, em toda a minha vida, até o presente momento, nunca ouvi estes "bravos" líderes evangélicos irem para a televisão para denunciar as injustiças de nossa sociedade, tais como a má distribuição de renda, a pobreza, a exploração do mais fraco, a prostituição de menores (em razão da pobreza e falta de oportunidades e não por algum tipo de demônio especialista em prostituição), a violência que grassa nos grandes centros urbanos, a corrupção nos governos em geral, o descaso em relação à saúde, as condições desumanas em que vivem os encarcerados e, enfim, um outro tanto de pecados sociais que não precisamos enumerar para não cansar o leitor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que, como bons conhecedores da Bíblia, nossos líderes deveriam saber que estas questões de "pecados da sexualidade" não são mencionadas entre os pecados que mais "incomodam" à Deus. No Livro de Provérbios, capítulo 6, por exemplo, o autor nos diz o seguinte:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Seis coisas o Senhor aborrece e a sétima sua alma abomina: (1) olhos altivos, (2) língua mentirosa, (3) mãos que derramam sangue inocente, (4) coração que maquina projetos iníquos, (5) pés que se apressam a correr para o mal, (6) testemunha falsa que profere mentira e (7) o que semeia contenda entre os irmãos" (esta Deus abomina).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, por que estas questões atinentes à sexualidade, neste caso a homossexualidade, nos incomoda tanto? Será que não temos outras causas mais nobres em nossa sociedade pelas quais, realmente, vale à pena lutar? Será que não existem pobres suficientes no Brasil com os quais possamos nos preocupar e ocupar, a partir de dentro de nossas próprias igrejas, como bem recomendou o Apóstolo Paulo? Será que não há injustiças sociais no Brasil e corrupção em todos os setores que tem sido como câncer na vida de nossa sociedade? Será que a cultura dos privilégios não nos causa mais danos? Será que a violência (inclusive contra os gays) não é um flagelo que mereça ser combatido com maior intensidade entre nós? E o que dizer do preconceito e violência contra os negros?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leio a Bíblia de Gênesis a Apocalipse e não vejo o porquê de investirmos tanto tempo nestas questões. Quando jovem aprendi que quando alguém fala com tanta frequência e intensidade sobre temas como este (da sexualidade) é porque está fazendo projeções na tentativa de combater no outro aquilo que pulsa dentre de si mesmo. Como o passar do tempo, as leituras e a própria experiência da vida me ajudaram a constatar que isso é verdade. Seria este o motivo de tanta fúria e persistência inconveniente neste assunto?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, em uma época em que a igreja se tornou um negócio, longe da pregação dos profetas, apóstolos e de Jesus e do estilo de vida que estes viviam, não podemos esperar coisa melhor da liderança que aí está, pois seus discursos não objetivam o edificar ou mesmo levar homens e mulheres ao conhecimento da verdade, mas são elaborados no sentido de lhes trazerem mais poder, dinheiro e popularidade. "Falem mal de mim, mas falem". O que importa é estar em evidência. "Que eu cresça e Ele diminua", parafraseando João Batista, precursor de Jesus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto isso, a comunidade evangélica, manipulada e pouco informada, se torna massa de manobra nas mãos destes lobos devoradores com suas ambições pessoais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Domine, miserere nostri!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-19100589324402066972012-11-06T13:48:00.002-08:002012-11-06T14:37:08.469-08:00...mas também o Português, <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
que é, aliás, a sexta língua mais falada do mundo, com cerca de 220 milhões, ficando atrás somente do Mandarim, Hindi, Inglês, Espanhol e do Árabe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este dado, por si só, deveria aumentar nossa autoestima e nos levar a um carinho maior pelo idioma que falamos que aos meus ouvidos é um dos mais bonitos e dos mais ricos do mundo em razão de seus muitos recursos e possibilidades de construções e variações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, quando falo em "aprender o Português" não me refiro, necessariamente, ao conhecimento das definições das regras da Gramática Normativa, apesar de não lhe negar o valor. Pelo contrário, é necessário que incorporemos estas leis de modo que o "verbo se faça carne" e nossa boca possa verbalizar aquilo do que nosso "coração" possa se encher.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para tanto, não conheço outro instrumento mais apropriado para internalizar o estilo mais elegante da língua que a leitura, mas aí tropeçamos em outro de nossos títulos, qual seja, o de um dos países menos afeitos a este exercício, ainda que nossas editoras estejam publicando títulos em grande quantidade à cada ano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Naturalmente, apesar de ser Bacharel em Letras não sou exemplo de perfeição vernacular. Sei que mesmo neste texto é provável que você encontre erros do ponto de vista de nossa Gramática Normativa, até porque esta questão de "revisão" é sempre complicada (Carlos Drummond de Andrade que o diga). Porém, devo admitir que o razoável domínio que tenho de nosso belíssimo idioma é fruto de muita leitura. E aqui, vale dizer, leitura "nativa" e não somente a de traduções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por esta razão, precisamos fazer com que nossa sociedade, a partir de nossas crianças, adquira o gosto pela leitura, ou seja, pelo livro. Um povo desenvolvido e bem educado, certamente, é um povo que lê. É necessário, neste sentido, promover uma revolução cultural em nosso país, de maneira que a leitura seja estimulada desde o início do estudo fundamental e que continue até o término da faculdade.<br />
<br />
Herdeiros de um excelente patrimônio literário, poderíamos começar pelos autores que escreveram em nosso próprio idioma e, assim, redescobrirmos os grandes nomes de nossa Literatura. Nomes, como por exemplo, do poeta Castro Alves que no poema abaixo exalta a importância desta temática em uma de suas mais conhecidas obras.<br />
<br />
Desfrute:</div>
<ul style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: justify;"><b><br /></b></ul>
<ul style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;"><b>O Livro e a América</b></ul>
<ul><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-weight: bold; line-height: 16px;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Talhado para as grandezas, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Pra crescer, criar, subir, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O Novo Mundo nos músculos </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Sente a seiva do porvir. </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Estatuário de colossos — </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Cansado doutros esboços </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Disse um dia Jeová: </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Vai, Colombo, abre a cortina </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Da minha eterna oficina... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Tira a América de lá".</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Molhado inda do dilúvio, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Qual Tritão descomunal, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O continente desperta </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
No concerto universal. </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Dos oceanos em tropa </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Um — traz-lhe as artes da Europa, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Outro — as bagas de Ceilão... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
E os Andes petrificados, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Como braços levantados, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Lhe apontam para a amplidão.</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Olhando em torno então brada: </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Tudo marcha!... Ó grande Deus! </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
As cataratas — pra terra, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
As estrelas — para os céus </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Lá, do pólo sobre as plagas, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O seu rebanho de vagas </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Vai o mar apascentar... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Eu quero marchar com os ventos, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Corn os mundos... co'os </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
firmamentos!!!" </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
E Deus responde — "Marchar!"</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Marchar! ... Mas como?... Da Grécia </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Nos dóricos Partenons </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
A mil deuses levantando </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Mil marmóreos Panteon?... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Marchar co'a espada de Roma </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Leoa de ruiva coma </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
De presa enorme no chão, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Saciando o ódio profundo. . . </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Com as garras nas mãos do mundo,</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Com os dentes no coração?... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Marchar!... Mas como a Alemanha </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Na tirania feudal, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Levantando uma montanha </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Em cada uma catedral?... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Não!... Nem templos feitos de ossos, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Nem gládios a cavar fossos </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
São degraus do progredir... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Lá brada César morrendo: </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"No pugilato tremendo </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
"Quem sempre vence é o porvir!"</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Filhos do sec’lo das luzes! </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Filhos da Grande nação! </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Quando ante Deus vos mostrardes, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Tereis um livro na mão: </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O livro — esse audaz guerreiro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Que conquista o mundo inteiro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Sem nunca ter Waterloo... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Eólo de pensamentos, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Que abrira a gruta dos ventos </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Donde a Igualdade voou...</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Por uma fatalidade </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Dessas que descem de além, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O sec'lo, que viu Colombo, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Viu Guttenberg também. </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Quando no tosco estaleiro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Da Alemanha o velho obreiro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
A ave da imprensa gerou... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
O Genovês salta os mares... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Busca um ninho entre os palmares </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
E a pátria da imprensa achou...</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Por isso na impaciência </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Desta sede de saber, </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Como as aves do deserto </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>As almas buscam beber... </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Oh! Bendito o que semeia </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Livros... livros à mão cheia... </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>E manda o povo pensar! </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>O livro caindo n'alma </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>É germe — que faz a palma, </b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>É chuva — que faz o mar.</b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Vós, que o templo das idéias </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Largo — abris às multidões, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Pra o batismo luminoso </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Das grandes revoluções, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Agora que o trem de ferro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Acorda o tigre no cerro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
E espanta os caboclos nus, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Fazei desse "rei dos ventos" </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Ginete dos pensamentos, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
— Arauto da grande luz! ...</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Bravo! a quem salva o futuro </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Fecundando a multidão! ... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Num poema amortalhada </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Nunca morre uma nação. </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Como Goethe moribundo </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Brada "Luz!" o Novo Mundo </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Num brado de Briaréu... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Luz! pois, no vale e na serra... </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Que, se a luz rola na terra, </div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
Deus colhe gênios no céu!...</div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b style="font-size: 11px;"><br /></b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; text-align: center;">
<b>Castro Alves</b></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;">
</div>
</ul>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-88721927994792738272012-11-05T12:36:00.003-08:002012-11-05T14:25:32.299-08:00O Brasil precisa aprender o Inglês...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Nestes últimos dias tomei conhecimento através de alguns órgãos de informação de mais uma das muitas "lanterninhas" que nós, brasileiros, ostentamos no quesito "educação". Somos um dos países mais fracos no domínio do Inglês, apesar das muitas escolas de idiomas espalhados em todo o nosso território, especialmente nas mais ricas e importantes cidades. Para variar, perdemos de países bem menores, mais pobres e de menor peso político-econômico no contexto deste mundo globalizado em que vivemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da opção "americanóide" que boa parte de nossas instituições e sociedade adotou, e isso se percebe facilmente ao nosso redor (ligue o rádio e você vai ouvir muito mais músicas de artistas estadunidenses e em Inglês do que MPB, por exemplo), não conseguimos adquirir o que talvez seja o mais importante neste intercâmbio cultural que é o aprendizado e domínio daquele idioma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vivendo aqui no Oriente Médio tenho visto de perto o quanto somos deficientes nesta área e tenho sofrido com as tribulações pelas quais passam os brasileiros por não dominarmos minimamente o Inglês, apesar da criatividade para driblarmos as situações difíceis com o nosso famoso "jeitinho".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que eu mesmo, por não ter sido dotado por Deus de um grande cérebro (apesar do tamanho do "invólucro" que o acolhe), tenho passado algumas dificuldades por não ter, ainda, o domínio pleno desta língua. Quando chegar lá, publicarei no Facebook: "tá dominado!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Às portas de grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas antes disso, ainda, a Jornada da Juventude Católica é necessário que nós, brasileiros, tenhamos maior interesse e disposição em aprender este idioma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso o Brasil está inserido, hoje, no ambiente das grandes potências deste século. Nossa voz, mesmo em Português, já pode ser ouvida em outros lugares e em diferentes níveis de poder. Nossa economia é uma das maiores do mundo e temos nos tornado um mercado extremamente promissor para o comércio mundial. Em razão de nosso tamanho, potencial e importância, estamos reivindicando a reforma e um lugar permanente no fórum das decisões políticas mundias (o Conselho de Segurança da ONU) e cada diz mais inseridos na onda incontornável da globalização.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por todos estes motivos e outros mais, precisamos aprender o Inglês e, junto com isso, aumentar o nível educacional a fim de que possamos qualificar nossa mão de obra para este cenário global cada vez mais competitivo e integrado em que vivemos, cujo idioma "oficial", por hora, é o Inglês.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/JRpVBTVlQSI" width="560"></iframe><br />
<br />
<br /></div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-71641369978077700092012-10-26T13:54:00.001-07:002012-10-27T20:19:08.492-07:00Igreja - Israel: relações perigosas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79umKiUooQPRjntUoV9KVSqb-1nTkciBiIIBOdZgtYqVUtB_jKQ8iDFdK9GAWeAua_TaXD7ZGe79QOLY22q_Cked-hoY24Spe2kDbJLfluN1KU5P7t0qD_ed0jkTP19LDlElBhBFCprQ/s1600/tabernaculos1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79umKiUooQPRjntUoV9KVSqb-1nTkciBiIIBOdZgtYqVUtB_jKQ8iDFdK9GAWeAua_TaXD7ZGe79QOLY22q_Cked-hoY24Spe2kDbJLfluN1KU5P7t0qD_ed0jkTP19LDlElBhBFCprQ/s400/tabernaculos1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Festa dos Tabernáculos - Mar Morto</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Este Mês de Outubro foi marcado, aqui em Israel, pelas muitas festas referentes à virada do ano no Calendário Judaico: Rosh HaShanah, Slichot, Yom Kipur e Tabernáculos. Milhares de pessoas de todo o mundo visitaram a Terra Santa nestes dias. Por onde andávamos, especialmente em Jerusalém, encontrávamos caravanas vindas de todos os continentes para celebrar os feriados judaicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Destes milhares de visitantes a grande maioria era formada por caravanas cristãs, principalmente de linhagem evangélica que, em um fenômeno um tanto quanto recente, tem não somente incorporado elementos do judaísmo à sua liturgia e práticas, como também dado apoio irrestrito às ações do Estado de Israel, uma atitude, aliás, extremamente perigosa para a própria igreja que tem, na figura do Islã radical, seu mais ferrenho e perigoso adversário em nossos tempos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deixando o aspecto bíblico-teológico da questão "judaização da Igreja", que é um grande equívoco, naturalmente, gostaria de falar sobre um dos mais recentes e fortes modismos que tem invadido as igrejas mundo afora que é a de apoio político às ações do governo de Israel e, como efeito colateral, a marginalização dos palestinos, árabes e muçulmanos em geral.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBAfew-5ioSnD5WCWCgFmOV0LykuvyPwxL6cE-bf9cy6Q3WIyK4TosrAay4EtGOm_B-5XttJGPiwFzLyV_-9ejMNJGElsHfaLIbG3WQzaCARzr-p5CJq0LysPH-8AX5zMtUX7teUJUj_c/s1600/tabern%C3%A1culos4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBAfew-5ioSnD5WCWCgFmOV0LykuvyPwxL6cE-bf9cy6Q3WIyK4TosrAay4EtGOm_B-5XttJGPiwFzLyV_-9ejMNJGElsHfaLIbG3WQzaCARzr-p5CJq0LysPH-8AX5zMtUX7teUJUj_c/s400/tabern%C3%A1culos4.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Festa dos Tabernáculos - Mar Morto</td></tr>
</tbody></table>
No ano passado, participando de um encontro para celebrar os 100 anos dos batistas na Terra Santa ouvi de vários pastores árabes o clamor para que os cristãos estrangeiros amem aos judeus, mas também amem aos árabes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Tal clamor não é infundado, pois além do apoio incondicional de certo movimento evangélico mundial às políticas de Israel em razão de uma interpretação superficial do texto bíblico e do desconhecimento da história e problemas desta região nos últimos séculos, há um crescente desprezo, por parte deste movimento, pelos povos árabes e dos palestinos em particular. Enquanto boa parte da população israelense reconhece a inevitabilidade de um Estado Palestino algumas igrejas, com Bíblias à mão, resgatam as promessas ao antigo Israel para afirmar a necessidade da plena conquista da "Terra Prometida" pelos descendestes de Jacó.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grande problema de tal postura é que estas igrejas traem os princípios neotestamentários de um Deus que não faz acepção de pessoas (e nem de povos) e, sobretudo, dão um tiro no próprio pé, dificultando sua missão entre os povos que deseja alcançar. Além disso, colocam em risco as comunidades cristãs que vivem em países muçulmanos, aumentando a hostilidade por parte destes em relação ao cristianismo.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjyKWxG6yj0FBQCZQ7vv0qpUEsb9n6k-frfJUNK746ELpNCG13dDBu4fTPoslqeqIGZfjz2l4f99aXuvGADmeCCYdc9OpOUBSEwUVPswEUN89d_Oqq382OEssBA-UderBBHDJE-NlA3K8/s1600/tabernaculos3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjyKWxG6yj0FBQCZQ7vv0qpUEsb9n6k-frfJUNK746ELpNCG13dDBu4fTPoslqeqIGZfjz2l4f99aXuvGADmeCCYdc9OpOUBSEwUVPswEUN89d_Oqq382OEssBA-UderBBHDJE-NlA3K8/s400/tabernaculos3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Festa dos Tabernáculos no Jardim da Tumba - Jerusalém<br />
<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
Para mudar esta trajetória não é necessário fazer grandes esforços, bastaria estas comunidades voltassem aos textos bíblicos que indicam que o lugar da verdadeira adoração é no coração e não em um espaço físico-geográfico e que "o meu reino não é deste mundo".<br />
<br />
Lamentavelmente, porém, por trás de todo este "zelo" por Israel e as promessas atinentes aos judeus, há uma forte tendência mercantilista que tem transformado este tema "Igreja - Israel" em um negócio que movimenta milhares de dólares a cada ano e tem contribuído para o enriquecimento de algumas lideranças religiosas ao redor do mundo.</div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-56675737681770015762012-10-13T12:48:00.001-07:002012-10-13T12:51:30.876-07:00O bêbado e o equilibrista<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A citação a Charles Chaplin na postagem anterior me fez lembrar um dos maiores nomes da MPB, João Bosco, e seu grande sucesso "O bêbado e o equilibrista" no qual ele faz menção àquele artista e canta a esperança de um novo tempo já que o Brasil, à época, vivia os anos da cruel ditadura militar.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Ainda era um adolescente, mas lembro com saudades daquele tempo em que, inocente, ouvia de nossa voz-feminina maior, Elis Regina, a emocionada versão desta belíssima canção.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Hoje, como nação, nossos desafios e sonhos são outros, mas cada um de nós enfrenta momentos em que, tal como o bêbado e o equilibrista, precisamos caminhar na corda bamba de nossa história pessoal, procurando manter o passo e o compasso para não perder a esperança e cair, definitivamente.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E é esta, a Esperança, que nos motiva a caminhar, mesmo que aos tropeços, e continuar lutando com a certeza de tempos melhores. E, embalados por esta melodia que se tornou um hino para uma geração inteira de brasileiros, nos sentimos renovados e encorajados, sabendo que tudo passa e que "o show de todo artista tem que continuar."</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Desfrutem:</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b>O bêbado e o equilibrista (João Bosco)</b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
Caia a tarde feito um viaduto</div>
<div>
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos</div>
<div>
A lua, tal qual a dona do bordel</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel</div>
<div>
E nuvens lá no mata-borrão do céu</div>
<div>
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco</div>
<div>
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil</div>
<div>
Prá noite do Brasil. meu Brasil</div>
<div>
Que sonha com a volta do irmão do Henfil</div>
<div>
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Chora a nossa pátria mãe gentil</div>
<div>
Choram marias e clarisses no solo do Brasil</div>
<div>
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inultilmente</div>
<div>
A esperança dança na corda bamba da sombrinha</div>
<div>
E em cada passo dessa linha pode se machucar</div>
<div>
Azar, a esperança equilibrista</div>
<div>
Sabe que o show de todo artista</div>
<div>
Tem que continuar</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/VVLX4i5cNNU" width="420"></iframe></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-19052424577146186232012-10-02T14:36:00.000-07:002012-10-02T14:40:04.311-07:00"O Grande Ditador"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHRiIktpIcMh-gUEKMbnRIPdn2dBlc7-jrHqcOhAn9CI8z8T9sLNr5oKqhk-uiTMubmQWgAiTkJX-oEHnld0o_wq_4cLrzOnJlvcvjRMNveJXc6ZM7N9OlocxKxCmFDHAKWZTCpsypy8c/s1600/O+Grande+Ditador.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHRiIktpIcMh-gUEKMbnRIPdn2dBlc7-jrHqcOhAn9CI8z8T9sLNr5oKqhk-uiTMubmQWgAiTkJX-oEHnld0o_wq_4cLrzOnJlvcvjRMNveJXc6ZM7N9OlocxKxCmFDHAKWZTCpsypy8c/s400/O+Grande+Ditador.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Charles Chaplin em "O grande ditador"</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Sem sombra de quaisquer dúvidas Charles Chaplin foi um dos maiores nomes da história do cinema. Sua atuação, direção e produção mostraram, sempre, a genialidade de sua mente e sua capacidade em transmitir forte conteúdo através de suas películas, ainda no período do cinema mudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um de seus maiores momentos, produziu e atuou em "O grande ditador", obra na qual faz uma sátira aos ditadores de modo geral e, como não poderia deixar de ser, à Hitler e ao nazismo em particular e também ao ditador italiano, à época, Benito Mussolini.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"O grande ditador" foi seu primeiro filme falado, lançado nos Estados Unidos em 1940, antes mesmo que este país abandonasse sua postura de neutralidade, entrando, definitivamente, na Segunda Guerra Mundial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trata-se de um filme-protesto, em forma de sátira, mas com forte conteúdo de contestação e denúncia do regime político promovido pela Alemanha de Adolf Hitler inclusive de sua perseguição aos judeus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
C<span style="text-align: left;">omum a uma atitude profética a palavra de esperança não poderia faltar e o filme acaba com um belo discurso do barbeiro judeu, confundido com o ditador do fictício reino da "Tomânia", ambos interpretados por Chaplin, onde valores como "solidariedade" e "liberdade" são exaltados e a possibilidade da construção de um mundo melhor, construído com base na razão, na ciência e no progresso ("há controvérsias") é proposta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">No último parágrafo deste discurso as palavras de esperança, pronunciadas pelo barbeiro, são dirigidas especialmente à Hannah (nome da mãe de Charles Chaplin), interpretada pela atriz Paulette Goddard, que era esposa de Chaplin na vida real, mas que no filme assumiu o papel da mulher por quem o barbeiro judeu se apaixona.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">Abaixo a transcrição do discurso e o trecho do filme em que o discurso é pronunciado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">Vale à pena ler e assistir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">Desfrute e pense!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidTPNAGgjUMTTxWht8BlKxWsXBhBFtaUKNH1emlsp3lM-xjnKS2scn1GcB6H5WmFejfm00b0L_qy7_r577ak_g-RV_dc5tP62lRFvL20rjp8u6AOuDF_bZ1l-3HdVXsVh9yLPX65h6emQ/s1600/chaplin-em-o-grande-ditador_652x408.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidTPNAGgjUMTTxWht8BlKxWsXBhBFtaUKNH1emlsp3lM-xjnKS2scn1GcB6H5WmFejfm00b0L_qy7_r577ak_g-RV_dc5tP62lRFvL20rjp8u6AOuDF_bZ1l-3HdVXsVh9yLPX65h6emQ/s400/chaplin-em-o-grande-ditador_652x408.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Charles Chaplin em "O grande ditador"</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: 'times news roman'; text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;">"Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.</span><span style="text-align: justify;"> </span></span></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Soldados! Não vos entregueis a esses brutais, que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos. Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão. Não sois máquina. Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossas almas. Não odieis. Só odeiam os que não se fazem amar, os que não se fazem amar e os inumanos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Soldados! Não batalheis pela escravidão. Lutai pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens. Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas; o poder de criar felicidade. Vós o povo tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos. Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam. Estamos saindo da treva para a luz. Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah. A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah. Ergue os olhos."</span><br />
<div style="font-family: 'times news roman';">
<br /></div>
<div style="font-family: 'times news roman';">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/t0ald8Z5PZc" width="420"></iframe></div>
</div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-22848744840086834062012-09-24T14:10:00.000-07:002012-09-25T21:51:07.328-07:00Anjos no Deserto<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikWCbqaLRYjCl_rYgQ_FZutMby908bQKu6d_ykYaAxupneSDSJNoD_fTtwLFNjijkOCeNnvN_Cpp0RbDXCJswRALk8h7juGD0KXHStzEugrTy9lrjvd__PsR3HbRs5qNG1edQyWla8F3A/s1600/capa+do+Anjos+no+Deserto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikWCbqaLRYjCl_rYgQ_FZutMby908bQKu6d_ykYaAxupneSDSJNoD_fTtwLFNjijkOCeNnvN_Cpp0RbDXCJswRALk8h7juGD0KXHStzEugrTy9lrjvd__PsR3HbRs5qNG1edQyWla8F3A/s400/capa+do+Anjos+no+Deserto.jpg" width="256" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O que motiva uma jovem a deixar seu país, família e amigos para viver em uma terra tão distante e inserida em uma cultura significativamente diferente? O desejo de aventuras e fortes emoções, ou mesmo o de fazer turismo e constatar, in loco, o fantástico caleidoscópio da raça humana?</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Bem, ainda que este possa ter sido o caso de muitas pessoas que tiveram experiências semelhantes em seus contatos transculturais, não foi esta a motivação de Raquel Elana uma jovem jornalista carioca que há alguns anos deixou tudo para trás a fim de se dedicar ao serviço humanitário em nações do Oriente Médio.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Neste período Raquel Elana teve experiências riquíssimas e resolveu compartilhá-las através de um livro ao qual deu o nome de "Anjos do Deserto" publicado pela JAMI.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nele você vai conhecer um pouco mais sobre a vida e trabalho de Raquel em sua caminhada por terras tão distantes e, muitas vezes, perigosas. Além disso, conhecerá um pouco mais sobre as sociedades árabes, sua cultura, e os desafios para o desenvolvimento do trabalho que Raquel se propôs realizar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trata-se de um livro conciso, de apenas 119 páginas de uma agradável leitura, e que pode se constituir em uma introdução para os que desejam se lançar à aventuras semelhantes ou mesmo para os que desejam conhecer mais sobre tão complexas e fascinantes realidades. Conheci Raquel, pessoalmente, e sei que o desejo de seu coração é que outros encontrem orientação e motivação para o trabalho do Reino através de suas páginas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os que desejarem maiores informações podem falar diretamente com autora através de seu email pessoal: worshipfree@gmail.com</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="white-space: nowrap;">Boa Leitura!</span></span></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-36542953757991602732012-09-17T04:33:00.003-07:002012-09-17T04:48:06.628-07:00Shanah Tovah!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWpTGXkoDFRaYjrzRej0xuienbhJcS-TZ_uR-mVmZfwVErg-XQ-meJGeC_rVoiKJjdT4iVhHeDk6MZyqgEONvoqE-DqtqthcxKr4_sCI-KG0hb6FV2wKEZ79OiZgQtneql4N4Yi7Fbg-M/s1600/shana-tova.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWpTGXkoDFRaYjrzRej0xuienbhJcS-TZ_uR-mVmZfwVErg-XQ-meJGeC_rVoiKJjdT4iVhHeDk6MZyqgEONvoqE-DqtqthcxKr4_sCI-KG0hb6FV2wKEZ79OiZgQtneql4N4Yi7Fbg-M/s400/shana-tova.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje começa o <a href="http://anonovojudaico.blogspot.co.il/" target="_blank">ano novo judaico</a> de 5.773. Israel está em festa e especialmente a Cidade de Jerusalém.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um grande número de pessoas se dirige às Sinagogas para cantar, orar e celebrar por longas horas, mesmo durante a madrugada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De meu quarto posso ouvir os sons das vibrantes músicas que são entoadas, todas bem conhecidas do cancioneiro judaico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As preocupações com a possibilidade de guerra e o alto custo de vida estão, por hora, esquecidos, pelo menos por parte da grande massa. O que importa, neste momento, é celebrar e confraternizar na expectativa de um ano bom e doce.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este é um tempo, também, para refletir sobre a vida, pois segundo a Tradição Judaica este é o momento em que Deus pesa as ações dos homens e, portanto, é o tempo propício para fazer acertos com o Criador. O Yom Kipur logo chegará para que o perdão, pelas más ações, seja reivindicado. Depois disso virá a Festa dos Tabernáculos ou das Cabanas (Sukot) para relembrar ao povo sua peregrinação em direção à Terra Prometida com todos as implicações deste evento.<br />
<br />
Enfim, de festa em festa este povo vai construindo sua história apesar de todo o passado de perseguições e ameaças de aniquilação. É interessante perceber, mesmo com tamanho histórico, que a Cultura Judaica celebra a alegria, a vida e aponta, com otimismo, para a possibilidade de um mundo melhor.<br />
<br />
Shanah Tovah UMetukah!<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/jiI-JJLb6fg" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br /></div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-48944261567747290882012-09-15T23:45:00.003-07:002012-09-17T00:13:32.313-07:00"Quem sou eu?"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrBcMIrUrv9BybWhw5oe5_z8ehz1YT0pqUbIfwWsxPFfKjDTaiWDOHdCzMteyNir-KmrPF3DZID-uLpHj99pud6Z_HPlH_OJZM62vthX4an74yjRU1g-H2DX3LNVANcIYvgWpDtyDO2Sg/s1600/dBonhoeffer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrBcMIrUrv9BybWhw5oe5_z8ehz1YT0pqUbIfwWsxPFfKjDTaiWDOHdCzMteyNir-KmrPF3DZID-uLpHj99pud6Z_HPlH_OJZM62vthX4an74yjRU1g-H2DX3LNVANcIYvgWpDtyDO2Sg/s320/dBonhoeffer.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><em style="font-size: medium; text-align: left;"><strong>Dietrich Bonhoeffer</strong></em></td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Parece que em certos momentos da vida uma pessoa pode mergulhar em uma crise tão grande que chega a abalar os fundamentos de seu ser. Nestes períodos íntimos e de extrema solidão uma das perguntas mais profundas diz respeito à sua própria identidade: "quem sou eu?"</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, "quem sou eu?" porque há muitos olhares sobre nossa verdadeira identidade. As pessoas possuem diferentes percepções à nosso respeito e estas podem mudar, sensivelmente, em tempos de crise. Jesus mesmo passou sobre isso na cruz quando alguns se dirigiram a ele dizendo: "Se tu és o Filho de Deus...", e outro: "se tu és o Messias..." O silêncio foi sua resposta!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para os angustiados, porém, as perguntas não são diferentes. O desprezo, o abandono, as injustiças sofridas, a expiação de suas próprias culpas e as dos outros fazem com que duvidem si mesmos e de seu verdadeiro caráter.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta foi a experiência, por exemplo, de <a href="http://www.sociedadebonhoeffer.org.br/" target="_blank">Dietrich Bonhoeffer</a>, teólogo alemão enforcado pelos nazistas aos 39 anos, em razão de sua oposição ao sistema, em 9 de Abril de 1945, três semanas antes do suicídio de Hitler.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos dias de sua prisão, além de vasta correspondência, publicadas sob o título "Cartas da Prisão", Bonhoeffer produziu um belo poema-oração em que expressa seu profundo conflito em razão daquilo que ele sabia que sentia e era e das diferentes percepções que as pessoas expressavam acerca dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando li pela primeira vez este poema, há anos, ele tocou-me profundamente e ainda hoje é um texto de forte conteúdo para mim, que me abençoa e me encoraja.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desfrute-o:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<b>Quem sou eu?</b><br />
<br />
Quem sou eu? Freqüentemente me dizem<br />
<div style="text-align: justify;">
Que saí da confinação da minha cela<br />
De modo calmo, alegre, firme,<br />
Como um cavalheiro da sua mansão.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quem sou eu? Freqüentemente me dizem<br />
Que falava com meus guardas<br />
De modo livre, amistoso e claro<br />
Como se fossem meus para comandar.<br />
Quem sou eu? Dizem-me também<br />
Que suportei os dias de infortúnio<br />
De modo calmo, sorridente e alegre<br />
Como quem está acostumado a vencer.<br />
<br />
<div>
Sou, então, realmente, tudo aquilo que os outros dizem de mim?<br />
Ou sou apenas aquilo que sei acerca de mim mesmo:<br />
Inquieto, saudoso e doente, como ave na gaiola,<br />
Lutando pelo fôlego, como se houvesse mãos apertando minha garganta,<br />
Ansiando por cores, por flores, pelas vozes das aves,<br />
Sedento por palavras de bondade, de boa vizinhança<br />
Conturbado na expectativa de grandes eventos,<br />
Tremendo, impotente, por amigos a uma distância infinita,<br />
Cansado e vazio ao orar, ao pensar, ao agir,<br />
Desmaiando, e pronto para dizer adeus a tudo isto?</div>
<br />
Quem sou eu? Este ou o outro?<br />
Sou uma pessoa hoje e outra amanhã?<br />
Sou as duas ao mesmo tempo? Um hipócrita diante dos outros,<br />
E diante de mim um fraco, desprezivelmente angustiado?<br />
Ou há alguma coisa ainda em mim como exército derrotado,<br />
Fugindo em debandada da vitória já alcançada?<br />
<br />
Quem sou eu? Minhas perguntas zombam de mim na solidão.<br />
Porém, seja quem eu for, Tu sabes, ó Deus, que sou Teu!</div>
<br />
<em><strong>Dietrich Bonhoeffer</strong></em></div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-89328513186247549652012-09-06T12:42:00.000-07:002012-09-06T13:30:35.405-07:00Orgulho de ser... Brasileirinho!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrSqYIJBEPYVZ1ewSLwrvBybBtuozYD493-rF8mQSercPvdGTe8Cky2of87fl9j2bq7hIzXJCgT7U_B6d4XgT5DwiI2cB3Rm1Ii_VeuxVSDzCX525HznhQLu4PyG9fauGFONZaSp7O0Og/s1600/chorinho_portinari.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrSqYIJBEPYVZ1ewSLwrvBybBtuozYD493-rF8mQSercPvdGTe8Cky2of87fl9j2bq7hIzXJCgT7U_B6d4XgT5DwiI2cB3Rm1Ii_VeuxVSDzCX525HznhQLu4PyG9fauGFONZaSp7O0Og/s400/chorinho_portinari.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Chorinho por Portinari</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Nestas terras de "Deus me livre", pelas quais tenho andado, sou invadido, frequentemente, por uma saudade enorme de meu país, de seus cheiros, seus gostos e de seus sons.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo considerando que há muita coisa em nossa cultura que deve ser revista e mudada, à cada experiência fora do Brasil, tenho amado ainda mais nossa terra e povo.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Temos bom humor, somos acolhedores e falamos o Português, uma língua rica, bela, cheia de doçura, suavidade e sensualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se temos políticos que encarnam o que há de pior em nosso "brasilian way of life" e que nos fazem sentir vergonha, muitas vezes, temos um tanto de outras razões para nos sentirmos orgulhosos de sermos brasileiros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um destes motivos, certamente, é a diversidade e a qualidade de nossa herança musical, tão sincrética quanto é sincrética nossa "raça" e cultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O encontro de povos no Brasil criou um caleidoscópio musical de altíssima qualidade. Talvez poucos países no mundo, nestes últimos cento e cinquenta anos, tenham parido tão grande quantidade de músicos de primeira grandeza e tanta diversidade de ritmos e beleza harmônica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De leste a oeste, sul a norte (apesar da marginalização deste último), temos o que de há de melhor em ritmos, sons e melodias, ousarei dizer, no mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por esta e por outras razões é que digo que me orgulho de ser... Brasileirinho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Confira:</b><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/FeWAqZGBnyA" width="560"></iframe></div>
</div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-29749982866498220252012-08-30T16:34:00.001-07:002012-08-30T16:59:06.103-07:00Manifestações da Graça de Deus na Cultura Popular<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Há alguns anos escrevi um editorial no boletim dominical da Igreja que pastoreava no Rio de Janeiro com este mesmo título.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Inspirado por um encontro "místico" com um novo grupo musical brasileiro, o Teatro Mágico, saí do Circo Voador - uma casa de shows na Lapa, Centro do Rio - deslumbrado, junto com meus dois filhos, por toda a beleza e encantamento proporcionados pelo excelente trabalho da trupe. Poucas vezes, ou talvez nunca, havia presenciado um trabalho tão completo, com música de alta qualidade, poesia, circo e teatro. Vi adolescentes emocionados e adultos às lágrimas (meu caso). Não havia nenhum apelo emocional, mas a estética do evento tocou profundamente à todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Durante e depois, fiquei a pensar no quanto perdemos de testemunhar das manifestações da graça de Deus em razão de um conceito pobre e reduzido de "espiritualidade" que nos aprisiona nos guetos religiosos e nos impede de perceber que a "glória de Deus enche toda a terra" e que Sua graça não está aprisionada à Igreja e nem a qualquer outra instituição, religião ou personalidade. Tal atitude tem empobrecido nosso culto, música e púlpito, o que nos limita em muito em nossa comunicação com o mundo, objeto do amor de Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
É necessário, portanto, mesmo "não sendo do mundo", mas estando nele, que saíamos à ouvi-lo a fim de que possamos encontrar ouvidos abertos para aquilo que desejamos comunicar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Começar pelo "O Teatro Mágico" poderia ser uma boa sugestão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desfrute!</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/xupjCmlUR08" width="560"></iframe></div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-87810965069311203102012-08-28T21:38:00.000-07:002012-08-29T05:05:58.532-07:00"O que é, o que é?"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Há momentos na vida em que precisamos aquietar, calar e rever nossa história, nossos erros e acertos, nossos conceitos. Estes podem ser, também, momentos em que tenhamos que decidir entre a culpa e o perdão, a alegria e a tristeza, brigar com o mundo ou sofrer a injustiça, calados, assumindo as responsabilidades, plenamente, pelos próprios erros e servindo de bode expiatório para os dos outros. Podem ser, ainda, situações tão extremas, de dor tão particular, que somente quem a sofre a sabe, que tenhamos que decidir entre se deixar morrer ou perseverar e continuar construindo a história com a teimosa convicção que vale à pena viver e de que a vida é bela.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nestes momentos de caminhada solitária muitas vozes nos estimulam a perseverar. A graça de Deus, que é soberana e permeia toda a nossa história e existência, se manifesta em cenários considerados improváveis por boa parte dos religiosos, proprietários da verdade e do sagrado, e se revela em cenários, temperos, aromas e sons, restaurando nossa esperança, alegria e fé.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de um destes "sons", cheio da graça comum que Deus derrama sobre tudo e todos, que recebo uma das mais encorajadoras mensagens para continuar a caminhada, acreditando, inclusive, contra todas as evidências, na Igreja.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, grande compositor de nossa MPB (herdeiro de um outro Gonzaga, maior), vitimado por um acidente de transito aos 45 anos, que me chegam as palavras de maior encorajamento, nesta poesia, transcrita abaixo, cheia de alegria, esperança, otimismo, beleza e vida, acompanhada por uma melodia não menos bela que você pode ouvir no vídeo a seguir:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
"O que é, o que é?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Eu fico<br />
Com a pureza<br />
Da resposta das crianças<br />
É a vida, é bonita<br />
E é bonita...<br />
<br />
Viver!<br />
E não ter a vergonha<br />
De ser feliz<br />
Cantar e cantar e cantar<br />
A beleza de ser<br />
Um eterno aprendiz...<br />
<br />
Ah, meu Deus!<br />
Eu sei, eu sei<br />
Que a vida devia ser<br />
Bem melhor e será<br />
Mas isso não impede<br />
Que eu repita<br />
É bonita, é bonita<br />
E é bonita...<br />
<br />
E a vida!<br />
E a vida o que é?<br />
Diga lá, meu irmão<br />
Ela é a batida<br />
De um coração<br />
Ela é uma doce ilusão<br />
Hê! Hô!<br />
<br />
E a vida<br />
Ela é maravilha<br />
Ou é sofrimento?<br />
Ela é alegria<br />
Ou lamento?<br />
O que é? O que é?<br />
Meu irmão...<br />
<br />
Há quem fale<br />
Que a vida da gente<br />
É um nada no mundo<br />
É uma gora, é um tempo<br />
Que nem dá um segundo...<br />
<br />
Há quem fale<br />
Que é um divino<br />
Mistério profundo<br />
É o sopro do criador<br />
Numa atitude repleta de<br />
amor<br />
<br />
Você diz que é luta e prazer<br />
Ele diz que a vida é viver<br />
Ela diz que melhor é morrer<br />
Pois amada não é<br />
E o verbo é sofrer...<br />
<br />
Eu só sei que confio na moça<br />
E na moça eu ponho a força<br />
da fé<br />
Somos nós que fazemos a<br />
vida<br />
Como der, ou puder, ou<br />
quiser...<br />
<br />
Sempre desejada<br />
Por mais que esteja errada<br />
Ninguém quer a morte<br />
Só saúde e sorte...<br />
<br />
E a pergunta roda<br />
E a cabeça agita<br />
Eu fico com a pureza<br />
Da resposta das crianças<br />
É a vida, é bonita<br />
E é bonita...<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/sdAaW9hkFnE" width="420"></iframe></div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-5139533897427639312012-06-12T08:17:00.001-07:002012-06-12T08:48:45.953-07:00PRECISO DE UM TEMPO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM362gPjlDboSHFXaeIrr-CA1z69O0t-l6S6rKP6tna1revdWGILErDyR_N3sbTMpnFMGkU46urEvmuG80N2HJfGUieNfvFcxxocF4tg8A3JD9r_ij800drX5UsOF9QVDkLKvl3QWEc48/s1600/ricardo_gondim.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM362gPjlDboSHFXaeIrr-CA1z69O0t-l6S6rKP6tna1revdWGILErDyR_N3sbTMpnFMGkU46urEvmuG80N2HJfGUieNfvFcxxocF4tg8A3JD9r_ij800drX5UsOF9QVDkLKvl3QWEc48/s400/ricardo_gondim.jpg" width="369" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Por mais de um motivo, ficarei sem escrever aqui e no tuiter.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
Vou me exilar de todas as redes sociais por um tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais cedo ou mais tarde chega o tempo em que algum ciclo se fecha.</div>
<div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Como preciso saber discernir a minha hora: chegou um momento decisivo em minha vida.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não escondo a minha profunda dor. Fui cuspido, difamado e ridicularizado por quem acreditei ser parceiro. Meu coração sofreu além da conta. Noto que me resta pouco tempo de vida -não sei quanto, mas estou consciente de que é pouco.<br />
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Em Fortaleza, tive que enfrentar um piquete na porta da igreja que eu considerava a menina dos meus olhos. Depois, oportunistas se sucederam em me esfaquear. Pessoas baixas se revezaram em colocar o meu nome entre os grandes apóstatas da fé. A Betesda em Fortaleza praticamente implodiu. A princípio, sofri. Depois, preocupei-me com amigos, parceiros e discípulos. Eles sofriam as consequências de minhas posições. Embora eu nunca, em tempo algum, tenha vendido a alma ao sucesso, não bastou. As pedradas não cessaram.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eu podia ser outra pessoa. Estou consciente de meus dons e talentos. Sei que poderia tornar-me famoso e disputado entre os maiorais do movimento evangélico. Mas, não sei explicar, preferi o caminho dos proscritos. E a minha história virou piada; fui arrastado ao charco. Dei uma entrevista à revista Carta Capital (eu daria novamente, sem tirar uma vírgula) e os eventos desandaram. Antigos companheiros passaram a me evitar como um leproso. Reconhecer que homossexuais têm direito era um pecado incontornável. Contudo, prefiro o ódio de fundamentalistas e homofóbicos à falta de paz; quero poder deitar a cabeça no travesseiro com a consciência de que defendi o que é justo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eu supus ter amigos entre os evangélicos. Enganei-me. Quando a revista Ultimato me defenestrou como articulista, não contei com cinco amigos que ousassem dar a cara a bater por mim. Nessa hora vi o quanto fui usado. Eu não passava de grife, ornando panfletos de eventos. Saí de casa, deixei meus filhos, esqueci meus pais, dormi em hotéis de quinta categoria, para dar credibilidade a conferências chinfrins. Os amigos, que supunha de caminhada, se calaram. Estavam preocupados com eles mesmos na hora do meu linchamento. Os meus verdadeiros amigos se resumiam aos poucos parceiros que sobraram na Betesda e me deram a mão. Só um punhado se solidarizou quando me viu arrastado na sarjeta. Alguns, para minha profunda decepção, se aproveitaram de vírgulas doutrinárias para jogar ainda mais querosene no fogo brando que fundamentalistas acenderam.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na verdade, estou exaurido. Agora virou questão de saúde. Como não posso respirar, minimamente, o ar dos evangélicos não serve como terapia. Deixei de acreditar na grande maioria dos líderes, pastores, teólogos e missionários evangélicos. Não confio nos que se dizem pregadores da Boa Notícia do Nazareno; e isso é ruim. Depois de presenciar excrescências éticas, depois de ver-me roubado em direitos autorais, depois de usado e sugado não quero mais a piedade plástica e mentirosa dos que se sentem responsáveis pela salvação do mundo. A subcultura religiosa que me acalentou e me fez um homem bem sucedido agora me traumatiza. E quando a gente perde o respeito, acabam-se os argumentos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sinto que chega a hora de começar outro ciclo. Não sei como, mas para que aconteça, meu primeiro passo deve ser o exílio das redes sociais. Quanto tempo fico fora deste site e do tuiter, não sei. Mas, igual aos adolescentes quando querem acabar o namoro, digo: preciso de um tempo. Resta-me a igreja Betesda, minha comunidade de fé na Avenida Alberto de Zagottis, 1000. Ali é minha cidade de refúgio. Continuarei liderando o pequeno rebanho de homens e mulheres que, apesar de toda a propaganda danosa, ainda se reúne para me ouvir nos domingos. Com eles, e por causa deles, continuo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saio das redes sociais por recomendação médica; mas, também, por bom siso: preciso procurar alguma caverna, e lá, trocar de pele.</div>
<br />
Soli Deo Gloria</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b>Pr. Ricardo Gondim</b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>Assembléia de Deus Betesda</b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>São Paulo</b></div>
<div>
<br /></div>
</div>Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-10047561766194509182012-05-26T16:22:00.000-07:002012-05-27T00:03:46.567-07:00A cultura do grotesco<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs6XcJiuhhl2q-ZxNOP-5iUpM4OpGtSgxc_UfcctY_rrPI5CQjxD_F6lJ6zyg7IKqPgERNzo6Ps40ZXgkhmAfDJ7VSdZQfDJT1tHKwImqS-dhErmNbcZkENCRvqqjjzS3VsmigLC1xW2M/s1600/grotesco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs6XcJiuhhl2q-ZxNOP-5iUpM4OpGtSgxc_UfcctY_rrPI5CQjxD_F6lJ6zyg7IKqPgERNzo6Ps40ZXgkhmAfDJ7VSdZQfDJT1tHKwImqS-dhErmNbcZkENCRvqqjjzS3VsmigLC1xW2M/s400/grotesco.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta semana foi marcada, no Brasil, pela desastrosa atuação da jornalista <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Fd5QJgCMcZU&feature=related">Mirella Cunha</a>, do Programa Brasil Urgente da TV Bandeirantes, na Bahia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daqui de Israel aliei-me aos que, como eu, se indignaram com a performance daquela profissional de Imprensa que, pelo menos naquele momento, encarnou o que há de pior nos meios de comunicação em nosso país. Não há dúvidas de que sua postura foi extremamente infeliz, infantil, abusiva, prepotente e, por tudo isso e mais alguma coisa, reprovável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, é necessário enquadrar sua atuação em um contexto maior e admitir que o desempenho de Mirella é fruto direto da banalização de um certo tipo de comportamento, outrora marginal, que tem se tornado cultural: a exposição do grotesco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olhando por este prisma, boa parte da proposta televisiva brasileira pode ser enquadrada no conceito. Programas humorísticos, por exemplo, sob o argumento da "liberdade de expressão", tem perdido a noção dos limites da decência e do bom senso e se tornaram bizarros (no sentido popular do termo). Até mesmo programas religiosos aderiram a esta cultura em seus discursos e práticas esdrúxulas. Na disputa pelo "rebanho", abandonaram, há muito, a simplicidade do Evangelho de Cristo (alguns nem conheceram isso). Enfim, da "guerra santa" instalada entre certas igrejas no Brasil ao conflito secular pela audiência, está difícil escolher quem apela mais ao grotesco.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que, no contexto de mulheres frutas, balançando seus atributos físicos sob músicas "impossíveis", estupros verbais de comediantes inconvenientes e arrogantes, entrevistas com "demônios", BBB's, UFC's, etc., Mirella é somente mais um caso neste quadro tenebroso que se instalou em nosso ambiente sócio-cultural-religioso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Otimista, espero que estejamos vivenciando um modismo, pura e simplesmente, e não um empobrecimento, definitivo, de nossa capacidade de reflexão, de reconhecer os limites do ridículo e, enfim, de nossos valores e cultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reverter este quadro, porém, não será algo fácil, pois dificilmente os "donos do poder" abrirão mão dos lucros à favor da qualidade, isto dito, inclusive, por um apresentador de um dos programas mais celebrados de nossa TV.<br />
<br />
Sendo assim, está em nossas mãos o poder e a responsabilidade de tentar mudar esta trajetória.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-19632296180516947202012-05-02T11:57:00.000-07:002012-05-02T11:57:11.834-07:00Perambulando - "A revolta do Batalhão Naval"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Caros amigos</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Estou começando uma nova fase deste blog que foi criado, inicialmente, para registrar eventos relacionados à minha caminhada pelo Oriente Médio (Israel e Jordânia) durante os Meses de Abril a Outubro do ano passado. Porém, como desenvolvi o site www.pordentrodoorientemedio.com onde pretendo continuar postando minhas experiências nesta região (já me encontro em Jerusalém - Israel, novamente), decidi ampliar este blog para outros temas e experiências, nas muitas andanças que pretendo fazer daqui para frente. Daí o nome "Perambulando", pois pretendo vaguear sobre temas e lugares diversos, sempre registrando aquilo que puder ser interessante para vocês que tem acompanhado minha vida e trabalho.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Este novo momento é inaugurado por uma entrevista com o Professor Dr. Henrique Samet, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor titular da Faculdade de Letras Português-Hebraico.<br />
<br />
O Professor Henrique me recebeu para um bate papo em sua casa no Rio de Janeiro, a fim de falar de seu livro, já há alguns meses publicado pela Garamond Universitária, "A Revolta do Batalhão Naval".</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Em uma entrevista informal e muito agradável falamos sobre este importante evento, associado à Revolta da Chibata, que aconteceu no início do Século XX, envolvendo os militares da Marinha Brasileira.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Meus agradecimentos ao Professor Henrique pela generosa acolhida, minhas felicitações por sua mui útil contribuição à história de nosso país e, ao mesmo tempo, meu desejo que as próximas obras, que já estão no "forno", venham alcançar boa repercussão e, sobretudo, trazer-lhe a alegria de saber que seu conhecimento esta sendo compartilhado e inspirando a outros.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigado a todos</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Marco Wanderley</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/bsAxWbBhNvc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3783928118322929002.post-26765123878583267672011-09-11T03:13:00.000-07:002011-09-11T09:43:06.352-07:00"Tarde da Fé"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnaXH4f4n9qJ6SSzAe09bAmZych5lvg_z0utd0h6C9ddp4lMKmfXFzk3GGWdS50VM5cLnr7zkH-UHvB4R_BQ8cG75cQcn7Zh20epKiYvRYhLOHPQAaUNqAwlggDrrbxC2JGjWpxXCuhdw/s1600/DSC_0510.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnaXH4f4n9qJ6SSzAe09bAmZych5lvg_z0utd0h6C9ddp4lMKmfXFzk3GGWdS50VM5cLnr7zkH-UHvB4R_BQ8cG75cQcn7Zh20epKiYvRYhLOHPQAaUNqAwlggDrrbxC2JGjWpxXCuhdw/s320/DSC_0510.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Este não foi o nome dado ao evento, mas pela semelhança da esperiência narrada em meu último texto, estou nomeando assim, um longo encontro de crentes do Sri Lanka do qual participei, nesta última Sexta-feira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na verdade a semelhança com a experiência anterior foi mais no sentido de ter sido esta, também, uma experiência religiosa e na quantidade de horas de cada evento. Entretanto, ao contrário da sobriedade que encontrei na mesquita, a reunião dos cristãos do Sri Lanka foi marcada por uma grande excitação e fenômenos estranhos, mas em nada diferente do que acontece em outras partes do mundo, entre certos grupos chamados "neopentencostais". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A reunião teve lugar em uma Igreja Evangélica Livre e começou com um certo tipo de "entrada triunfal" dos pastores que iriam conduzir a parte principal do culto.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqcsE6wFt-2C0NFpyUXKiW099EzGK_hX1wB6W8anCQ9NnQkEZSRL3NhGjuHkJbfyen5ucz7eFTrf-eCWK_aU6CebYcyvUiKR5S2AFZfkJYEiwuTxUNHTMb8s5Xp7BBPwat9dXY2GYKpIs/s1600/DSC_0499.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqcsE6wFt-2C0NFpyUXKiW099EzGK_hX1wB6W8anCQ9NnQkEZSRL3NhGjuHkJbfyen5ucz7eFTrf-eCWK_aU6CebYcyvUiKR5S2AFZfkJYEiwuTxUNHTMb8s5Xp7BBPwat9dXY2GYKpIs/s200/DSC_0499.JPG" width="133" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPEMIGJ4B1xcT1TR_q_lBrXxgDHQaGFdz0-roP6cpnrVooLOY2x3QrceqCS8I_XWHP-VnU9r8mtZ5nxb2EmeZBtVQDUGolK3KFo78ZJzG2vBfg3BKRwlDO4QY56P6pCmhiSYkUHB2gfUM/s1600/DSC_0504.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPEMIGJ4B1xcT1TR_q_lBrXxgDHQaGFdz0-roP6cpnrVooLOY2x3QrceqCS8I_XWHP-VnU9r8mtZ5nxb2EmeZBtVQDUGolK3KFo78ZJzG2vBfg3BKRwlDO4QY56P6pCmhiSYkUHB2gfUM/s320/DSC_0504.JPG" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOP6vy2EIq0hnUz6GmwMErgXaJXI_IYQ2N7C4kuxkzvGWa69lPOofD2o5J9_2Iy2OI2Meo6C9u_BIJAV8qsUXcwKwhqcjtidNHiLHb7A3Q8kWdihtGUzRP7xmLV8f6Myk3697pj6d8Co4/s1600/DSC_0515.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOP6vy2EIq0hnUz6GmwMErgXaJXI_IYQ2N7C4kuxkzvGWa69lPOofD2o5J9_2Iy2OI2Meo6C9u_BIJAV8qsUXcwKwhqcjtidNHiLHb7A3Q8kWdihtGUzRP7xmLV8f6Myk3697pj6d8Co4/s200/DSC_0515.JPG" width="133" /></a></div>
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Depois de homenagens, apresentações e alguns rituais que não entendi, pois a cerimônia estava sendo realizada no singalês, língua do Sri Lanka, e não havia ninguém para traduzir, começou o período de cânticos e ministrações.<br />
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Este foi, de longe, a mais longa parte do evento. Muitos cânticos, danças, sopros, palitozadas, quedas e vômitos, coisas das quais havia muito ouvido falar e que meus olhos, naquele momente, contemplaram ao vivo e em cores, alías, muitas cores, já que o povo do Sri Lanka costuma vestir roupas bem coloridas.<br />
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Apesar de ter visto a Bíblia por lá, pelo menos nas mãos dos pastores, nada vi que pudesse ser definido como uma pregação ou exposição bíblica. Assim, confesso que a melhor parte foi a das músicas ritmadas e dançantes que foram entoadas. Eu mesmo, não fosse a timidez e o fato de estar ali para registrar e não para dançar, teria caído no samba, quer dizer, na dança, "linguagem" universal.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsYaExM-8G7SIR47OFkCMmQeOo_6XyOSWlN30vDwGncSJmi_r3PyXcegvzzKzLmVvMHpJ1lLP5fC6vEcfgSh3TOSbNb3kj47MCorA_Eg66tk-a22_kUktPVs6BzJSUxXQXkjWYPFZ8wXM/s1600/DSC_0601.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsYaExM-8G7SIR47OFkCMmQeOo_6XyOSWlN30vDwGncSJmi_r3PyXcegvzzKzLmVvMHpJ1lLP5fC6vEcfgSh3TOSbNb3kj47MCorA_Eg66tk-a22_kUktPVs6BzJSUxXQXkjWYPFZ8wXM/s200/DSC_0601.JPG" width="200" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJgax8uDtAIjKm0w0mWPrBg5onm5r8TEdHsAWkwrupcGrElzzqzztxtHLa0qWYTtozHiznItMbuUbSe-PB_n6Pid3WeMqSYq_RFoFN2b5qtXkUwxyKclZ41aqFJjvg482i1oO67AgLlAw/s1600/DSC_0598.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJgax8uDtAIjKm0w0mWPrBg5onm5r8TEdHsAWkwrupcGrElzzqzztxtHLa0qWYTtozHiznItMbuUbSe-PB_n6Pid3WeMqSYq_RFoFN2b5qtXkUwxyKclZ41aqFJjvg482i1oO67AgLlAw/s200/DSC_0598.JPG" width="200" /></a></div>
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Depois de todo este registro, deixo para que outros façam o julgamento, especialmente os que gostam de discutir estes tipos de manifestações. Vale a constatação que, definitivamente, estes fenômenos estão globalizados e que a Igreja vive outros tempos, quer no Brasil, China, Sri Lanka, enfim, em todo o mundo.<br />
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<u><b>Afternoon of Faith</b></u></div>
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This was not the name of this event, but given the resemblance to the event that I narrated in my last text, I'm</div>
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naming it "Afternoon of Faith", a long gathering of Christian believers from Sri Lanka to which I attended last Friday.</div>
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As
a matter of fact, the resemblance to the previous event was due to the
nature of both occasions: a religious expression of faith that lasted
for many hours. However, differently from the previous gathering when
composure was the general behavior of the crowd, this gathering of
Christians from Sri Lanka was noticeable by the crowd's state of high
excitement and the manifestation of weird phenomena, very much like one
can see in other parts of the world among some Neopentecostal Christian
groups. </div>
<br />
The gathering took place in an Free Evangelical
Church and it started with a type of "triumphal entrance" of the pastors
who were going to lead the main part of the
service.<br />
<br />
Introductions, words of tribute and some rituals that I
didn't quite understand because the language in use was Sinhalese (the
language spoken by the Sinhalese people, the majority ethnic group in
Sri Lanka) were followed by a period of ministration with singing. <br />
<br />
This
part of the gathering was the longest of the event. Many songs, a lot
of dancing, people being "slain in the Spirit" (when the ministers blow
on people and/or knock them to the floor with their jackets), some
people throwing up, things I've heard of before but at this gathering I
saw them with my very eyes, live and in color - in many colors, by the
way, since Sri Lanka people usually wear very colorful clothing. <br />
<div>
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Although
I spotted some Bibles in the hands of the pastors, I didn't see
anything that could resemble the ministering of the Bible through
teaching or preaching. I have to admit, though, that for me the best
part of it all was
the rhythm of the songs that were being sang. I'm shy and, after all, I
was there just to observe the event, otherwise I would have danced the
samba as well, I mean, I would have danced. </div>
<br />
After all said
and done, after reading this report, you may judge the event for
yourself. I think that people who like to discuss this type of
manifestations will find it especially interesting. It's worth noticing
that, definitely, these phenomena are part of the globalization era and
that the Church has been experiencing new times in Brazil, in China, in
Sri Lanka and all over the world. <br />
<b>Translation: Jean Herdy Iguatemy</b> </div>
</div>
Marco Antonio Monteiro Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/13589855983585829521noreply@blogger.com0